sábado, 28 de janeiro de 2017

Cada vez mais, médicos brasileiros tem feito parte da equipe de profissionais do Programa Mais Médicos. O novo edital teve ampla adesão desses profissionais, que preencheram 90% das vagas já na primeira chamada. São 1.378 profissionais, todos formados no Brasil , para atender 644 localidades do país.
José Paulo dos Santos, por exemplo, é um dos médicos que integra o programa. Ele nasceu em Salvador, mas morou desde os primeiros anos de vida em Belo Horizonte, Minas Gerais. José Paulo conta que a oportunidade de atuar em Ipojuca, Pernambuco, realização um desejo de voltar para a região de origem “Esse foi um dos motivos pelos quais me inscrevi no Mais Médicos. Outro fator foi poder estudar e aprender com a experiência. Já aprendi sobre temas regionais, o modo de ouvir o paciente, e tenho tempo para avaliar a situação até o retorno”.
Com o novo incentivo para a participação de profissionais brasileiros, a meta é substituir 4 mil médicos cooperados da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) em até três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil o número de participantes cubanos.


Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o aumento de brasileiros atuando no Mais Médicos é uma passo importante para mudar o perfil do Programa. “Neste edital, já ofertamos a médicos nacionais mais de 900 vagas antes ocupadas por profissionais cubanos. Isso mostra que será possível ir cada vez mais longe aumentando a presença do brasileiro, que é a nossa prioridade”, explica.

O médico José Paulo também defende que o programa deve ser cada vez mais valorizado e ampliado. “Eu ficaria muito triste se o programa acabasse. Claro que existem coisas que podem melhorar, mas da forma como o programa está hoje, muitas cidades passaram a ter médicos por conta da iniciativa. Meu desejo é que o programa sempre continue”. 
Atualmente 18.240 médicos atuam em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). 

Edital também oferece novidade

Um diferencial deste edital do Mais Médicos foi a permuta, ou seja, a possibilidade de profissionais selecionados que não estão 100% satisfeitos com sua alocação disputarem novamente vaga em uma de suas outras três opções de município. Nesta chamada, 91% dos médicos conseguiram ser lotados em sua primeira opção de localidade, no entanto, para aqueles que não obtiveram esse resultado, a permuta representa uma nova chance de tentar ficar em sua cidade de preferência.

Patricia Maria, goiana e formada no exterior, ingressou no Mais Médicos como intercambista, mas agora já possui o CRM brasileiro, pois foi aprovada no Revalida. Apesar de gostar do município de Riachinho, em Tocantins, onde trabalha atualmente, pretende voltar para Goiás. “Ter o Mais Médicos faz uma diferença enorme. A recepção foi muito boa. Me acolheram e tem dado certo. A equipe aqui é muito boa. Eu quero voltar para Goiás porque aqui eu não tenho ninguém da minha família, mora todo mundo lá”.

Para que a médica possa se beneficiar com a permuta, uma opção seria encerrar os seus três no Programa como intercambista, e depois tentar reingressar como profissional com CRM do Brasil, escolhendo a cidade de Goiânia como primeira opção (no caso de haver vaga para essa localidade). Com o registro brasileiro, ela teria preferência na seleção, e, se não conseguir ser lotada em Goiânia no processo de alocação, terá mais uma oportunidade com a permuta. A ideia desse novo mecanismo é justamente essa: ampliar as chances de alocação na cidade desejada.

No caso de haver mais de um interessado solicitando permuta para a mesma vaga, serão utilizados os mesmos critérios classificatórios e a pontuação da alocação inicial. Se o profissional não conseguir permutar, permanece no município atual, sem risco de perda da vaga. O resultado da permuta está previsto para esta sexta-feira (27).


Aline Czezacki, para o Blog da Saúde. Com informações da Agência

FONTE: Blog da Saaúde (Ministério da Saúde)

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