Várias pesquisas anteriores já tinham relacionado problemas de sono ao
diabetes, mas as razões por trás dessa conexão ainda não são bem
compreendidas, segundo o principal autor do estudo, Femke Rutters, do
Vrije University Medical Center, em Amsterdã, na Holanda.
O estudo atual avaliou uma possível explicação: a resistência à
insulina, que pode levar ao aumento de glicose no sangue e,
eventualmente, levar à diabetes.
Pesquisadores examinaram dados de padrões de sono e resistência à
insulina em 788 homens e mulheres que não tinham diabetes. Pessoas com
obesidade, doenças do coração, pressão alta ou colesterol elevado foram
excluídas da análise.
Para medir o sono, pesquisadores pediram para os participantes usarem
acelerômetros durante a maior parte do tempo. Períodos em que as pessoas
desativaram esses detectores de movimento por mais de uma hora contaram
como períodos de sono.
No geral, as pessoas dormiram em média 7,3 horas por noite, segundo o
estudo publicado no "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism"
no fim de junho.
Homens que dormiram muito mais ou menos do que a média tinham mais
risco de ter resistência à insulina do que homens que dormiram por um
período dentro da média, segundo o estudo.
Situação diferente para mulheres
Para mulheres, no entanto, o oposto aconteceu: mulheres tiveram menos resistência à insulina quando dormiram mais ou menos do que a média.
Para mulheres, no entanto, o oposto aconteceu: mulheres tiveram menos resistência à insulina quando dormiram mais ou menos do que a média.
Não está claro por que essa diferença entre gêneros ocorreu, segundo
Rutters. Os resultados sobre as mulheres contradizem os resultados de
vários estudos anteriores, segundo o pesquisador James Gangwisch, da
universidade Columbia, que não estava envolvido no estudo.
Uma limitação da pesquisa é que ela não avaliou o que as pessoas
comeram, diz Gangwisch. "Dormir de forma adequada pode ajudar com a
sensibilidade de insulina e com o apetite", diz Gangwisch. "Dormir o
suficiente pode também prover a energia necessária para se exercitar
regularmente."
Ainda assim, o estudo representa mais uma evidência de que dormir pouco
pode ser um dos fatores de risco para desenvolver diabetes.
"A mensagem final é que mesmo quando você é saudável, dormir muito ou
muito pouco pode ter efeitos deletérios em sua saúde", diz Rutters.
No vídeo, a endocrinologista Claudia Cozer Kalil comenta sobre a relação entre a qualidade do sono e a diabetes:
Fonte: G1
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