É um dos mais curáveis tumores sólidos pediátricos desde que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento realizado em centros especializados na atenção a criança
“Minha esposa viu no dia que ela foi colocar o Vitor para dormir no berço. Ela viu um brilho diferente no olho dele, um branco, exatamente à noite. Como só dá pra ver com a luz artificial, conseguiu observar. Ela ficou meio intrigada com aquilo, me perguntou se eu já tinha visto alguma coisa do tipo e eu nunca tinha visto nada”, relembra Rodrigo. Foi então que Renata buscou na internet algumas informações e percebeu que aquele poderia ser um dos sinais de um tipo de câncer chamado retinoblastoma. A confirmação médica do problema veio depois de algumas consultas com o oftalmologista.
“Minha esposa viu no dia que ela foi colocar o Vitor para dormir no berço. Ela viu um brilho diferente no olho dele, um branco, exatamente à noite. Como só dá pra ver com a luz artificial, conseguiu observar. Ela ficou meio intrigada com aquilo, me perguntou se eu já tinha visto alguma coisa do tipo e eu nunca tinha visto nada”, relembra Rodrigo. Foi então que Renata buscou na internet algumas informações e percebeu que aquele poderia ser um dos sinais de um tipo de câncer chamado retinoblastoma. A confirmação médica do problema veio depois de algumas consultas com o oftalmologista.
O retinoblastoma é mais comum em crianças pequenas, desde recém-nascidos até cerca de 3 anos de idade. A cada 14 mil crianças, uma pode nascer com a doença. A forma bilateral ( que compromete os dois olhos) acontece geralmente no primeiro ano de vida e a forma unilateral por volta dos dois anos de idade. A doença é considerada o tumor maligno intraocular mais comum da infância. Seu diagnóstico é feito através do exame oftalmológico especializado, mas muitos casos são triados para exame após o teste do reflexo vermelho, também chamado de “teste do olhinho”.
“ A doença pode provocar a perda da visão e por isso nós reforçamos entre os médicos da assistência básica que aumentem o grau de suspeição diante dos sintomas da doença. A valorização das duas queixas mais comuns relativas ao retinoblastoma, o reflexo pupilar branco e o estrabismo, também é de suma importância para alcançarmos o diagnóstico precoce da doença”, esclarece a oftalmologista Clarissa Mattosinho, que atende casos da doença no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Clarissa Mattosinho explica ainda que o teste do olhinho avalia o reflexo da retina, que possui normalmente a cor vermelho-alaranjada. Quando o exame apresentar alterações, será possível identificar um reflexo alterado de cor branca, chamado leucocoria (popularmente descrito como “olho de gato”) no olho comprometido. A assimetria entre os reflexos dos dois olhos também representa alerta, assim como a ausência do reflexo vermelho. O segundo sinal mais comum é o estrabismo. Porém, ainda é bastante prevalente a crença equivocada de que o estrabismo é "normal" em bebês. Em todas as situações de exame alterado, o médico deverá encaminhar a criança para uma avaliação com oftalmologista.
É fundamental destacar a importância do diagnóstico precoce, o que requer atenção dos pais e profissionais de saúde tanto para buscar a cura, quanto a preservação dos olhos afetados. “O câncer infantojuvenil é uma doença potencialmente curável, mas é necessário que o diagnóstico seja feito precocemente, e o tratamento seja realizado em centros especializados na atenção à criança”, destaca a chefe do Serviço de Pediatria do INCA, Sima Ferman.
Casos diagnosticados precocemente podem ser submetidos a vários tipos de tratamento para preservar a visão e o globo ocular. Casos que têm diagnóstico tardio se apresentam com a doença mais avançada e levam os pacientes a um tratamento mais agressivo, muitas vezes necessitando utilizar quimioterapia e radioterapia para tratar a doença.
Desde 2012, o INCA realiza um tratamento de ponta, já difundido nos países de alta renda, chamado de quimioterapia intra-arterial, onde quimioterápicos são infundidos dentro da artéria oftálmica via cateter, que é posicionado pelo radiologista intervencionista na região. A implementação dessa modalidade terapêutica representou uma mudança de paradigma: a preservação do globo ocular passou de 20% para 80%. Já foram tratadas aproximadamente 25 crianças, com mais de 130 procedimentos realizados.
Tecnologia a favor do diagnóstico
A identificação do retinoblastoma por foto tem sido cada vez mais frequente, com a difusão dos celulares portáteis com câmeras fotográficas. Na fotografia com flash, a criança aparecerá com o reflexo branco no olho comprometido (leucocoria).
Porém, achar o reflexo branco na foto com flash de uma criança pode ser um sinal de alarme. Procure o pediatra ou oftalmologista para orientação. É importante verificar se a fotografia foi retirada em condições ótimas para avaliação do reflexo vermelho anormal. O achado do reflexo branco pode não ser anormal, mas em raras vezes pode ser tratar de uma condição mais séria.
Fonte: Gabi Kopko, para o Blog da Saúde
“ A doença pode provocar a perda da visão e por isso nós reforçamos entre os médicos da assistência básica que aumentem o grau de suspeição diante dos sintomas da doença. A valorização das duas queixas mais comuns relativas ao retinoblastoma, o reflexo pupilar branco e o estrabismo, também é de suma importância para alcançarmos o diagnóstico precoce da doença”, esclarece a oftalmologista Clarissa Mattosinho, que atende casos da doença no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Clarissa Mattosinho explica ainda que o teste do olhinho avalia o reflexo da retina, que possui normalmente a cor vermelho-alaranjada. Quando o exame apresentar alterações, será possível identificar um reflexo alterado de cor branca, chamado leucocoria (popularmente descrito como “olho de gato”) no olho comprometido. A assimetria entre os reflexos dos dois olhos também representa alerta, assim como a ausência do reflexo vermelho. O segundo sinal mais comum é o estrabismo. Porém, ainda é bastante prevalente a crença equivocada de que o estrabismo é "normal" em bebês. Em todas as situações de exame alterado, o médico deverá encaminhar a criança para uma avaliação com oftalmologista.
É fundamental destacar a importância do diagnóstico precoce, o que requer atenção dos pais e profissionais de saúde tanto para buscar a cura, quanto a preservação dos olhos afetados. “O câncer infantojuvenil é uma doença potencialmente curável, mas é necessário que o diagnóstico seja feito precocemente, e o tratamento seja realizado em centros especializados na atenção à criança”, destaca a chefe do Serviço de Pediatria do INCA, Sima Ferman.
Casos diagnosticados precocemente podem ser submetidos a vários tipos de tratamento para preservar a visão e o globo ocular. Casos que têm diagnóstico tardio se apresentam com a doença mais avançada e levam os pacientes a um tratamento mais agressivo, muitas vezes necessitando utilizar quimioterapia e radioterapia para tratar a doença.
Desde 2012, o INCA realiza um tratamento de ponta, já difundido nos países de alta renda, chamado de quimioterapia intra-arterial, onde quimioterápicos são infundidos dentro da artéria oftálmica via cateter, que é posicionado pelo radiologista intervencionista na região. A implementação dessa modalidade terapêutica representou uma mudança de paradigma: a preservação do globo ocular passou de 20% para 80%. Já foram tratadas aproximadamente 25 crianças, com mais de 130 procedimentos realizados.
Tecnologia a favor do diagnóstico
A identificação do retinoblastoma por foto tem sido cada vez mais frequente, com a difusão dos celulares portáteis com câmeras fotográficas. Na fotografia com flash, a criança aparecerá com o reflexo branco no olho comprometido (leucocoria).
Porém, achar o reflexo branco na foto com flash de uma criança pode ser um sinal de alarme. Procure o pediatra ou oftalmologista para orientação. É importante verificar se a fotografia foi retirada em condições ótimas para avaliação do reflexo vermelho anormal. O achado do reflexo branco pode não ser anormal, mas em raras vezes pode ser tratar de uma condição mais séria.
Fonte: Gabi Kopko, para o Blog da Saúde
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