Buscar qualidade na atenção prestada à gestante, ao recém-nascido e à família, promovendo, a partir de uma abordagem humanizada e segura, o contato pele a pele entre a mãe/pai e o bebê é o objetivo do Método Canguru. É usado, especialmente, quando o bebê prematuro e/ou de baixo peso necessita ser internado após o nascimento. Essa separação dos pais, necessária, não deve, entretanto, impedir proximidade e continuidade dos cuidados familiares.
O Método Canguru é uma tecnologia que promove a qualificação do cuidado do recém-nascido internado em Unidade Neonatal no Sistema Único de Saúde (SUS). O toque da família acolhe o bebê em meio a procedimentos na rotina, muitas vezes, intensa e delicada, de uma Unidade Neonatal e é fundamental, ao lado do suporte clínico, para sua sobrevivência. Traz um toque de amor e humanidade em um projeto de cuidado singular envolvendo pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social.
É nesse contexto que de forma gradual e progressiva, o contato pele a pele favorece vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento do bebê. A estudante Ramívia Rodrigues da Silva há dois meses está com o pequeno Josué no Hospital Regional da Ceilândia e lá foi onde conheceu o método que já mostra resultados na saúde do pequeno: “Eu não tinha ouvido falar, mas como ele nasceu prematuro extremo aprendi a colocar o método canguru em prática aqui no HRC e fez muita diferença para o Josué”, explica Ramívia. Aos poucos o bebê ganha peso e demonstra melhora no quadro de saúde.
O contato pele a pele, que é a base do Método Canguru, começa com o toque evoluindo até a posição canguru. A chamada “posição canguru” tem este nome por acomodar o bebê de modo semelhante ao mamífero australiano, que coloca o filhote na bolsa abdominal. Ele é iniciado de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que mãe/pai e bebê entenderem ser prazeroso e suficiente.
É uma tecnologia de saúde que vem mudando a assistência neonatal no Brasil, pois amplia os cuidados prestados ao bebê para além das necessidades biológicas. O método canguru foi incorporado no SUS em março de 2000, e a norma de orientação para a implantação foi publicada por meio da Portaria 1683 SAS/MS de 12 de julho de 2000.
Métodos Alternativos
Circula na internet informações sobre o uso de polvos de crochê nas Unidades Neonatais como alternativa importante para salvar a vida de prematuros já que os tentáculos do polvo poderiam proporcionar ao bebê a sensação de ainda estarem conectados ao cordão umbilical da mãe.
O Ministério da Saúde não orienta o uso de polvo de crochê como instrumento terapêutico para a recuperação de bebês prematuros internados. O polvo, desde que respeitadas as normas de controle de infecção hospitalar, pode ser utilizado como brinquedo. Os tentáculos de crochê não oferecem os estímulos e sensações proporcionados pelo cordão umbilical na vida intra-uterina, como tem sido divulgado. É o contato pele a pele com a mãe que proporciona ao bebê sons, cheiro e movimento familiares e favorecem sa recuperação e desenvolvimento da criança.
Conheça ainda outros benefícios do Método Canguru:
• Menor tempo de internação do bebê
• Adequado controle da temperatura
• Menos paradas respiratórias durante o sono
• Diminuição do choro e do estresse
• Aumento do aleitamento materno
• Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família
• Estimulação sensorial positiva
• Diminuição de infecção hospitalar
• Controle e alívio da dor
• Adequado controle da temperatura
• Menos paradas respiratórias durante o sono
• Diminuição do choro e do estresse
• Aumento do aleitamento materno
• Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família
• Estimulação sensorial positiva
• Diminuição de infecção hospitalar
• Controle e alívio da dor
Para mais informações sobre o Método Canguru acesse a página aqui.
Fonte: Gabi Kopko, para o Blog da Saúde
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