quarta-feira, 24 de maio de 2017

Saúde com qualidade: brasileiros relatam melhorias no SUS

A sala de espera para os serviços de oncologia do Hospital das Obras da Irmã Dulce, em Salvador, é quase sempre cheia. Apesar disso não se ouvem reclamações. Os pacientes e os acompanhantes têm hora marcada para serem atendidos e, lá dentro, no ambulatório e nas salas de quimio e radioterapia, tudo funciona bem, com equipamentos novos e equipes motivadas. A dona Clarice Conceição, por exemplo, está tratando uma compressão da medula. Ela está otimista com o tratamento.  “Eu já estou sentindo uma melhora. Eu estava com as pernas muito presas e tô sentindo bem agora”. O depoimento dela foi dado pouco depois de uma sessão de radioterapia, etapa importantíssima contra o câncer, e que, há pouco mais de um ano, não era feita naquele hospital.
As Obras da Irmã Dulce tinham o espaço e o equipamento, entretanto não tinham como financiar este serviço. Quando os pacientes precisavam dele, entravam em um fila de espera de outras unidades em Salvador. Agora a realidade é outra. Acabaram as filas e as desistências no meio do tratamento. “Foi importante para estes pacientes poderem se tratar com a mesma equipe, onde ele já conhece, porque o paciente oncológico é muito fragilizado, ele se apega muito as pessoas e o local onde está sendo tratado. Então nós buscamos sempre esse acolhimento, bem humano, para ele se sentir em casa”, explica a gestora do hospital, Lucrécia Saverino. Para a lavradora Lucineide do Rosário, que luta contra um câncer de mama, os serviços daquele hospital são bem avaliados. “Não pode dar nota mil, se pudesse era mil, mas como não pode eu dou 10”.
Paciente se prepara para radioterapia nas Obras da Irmã Dulce.
Foto: Rodrigo Gralha.
Casos como este têm se multiplicado Brasil a fora. É que um ano parece pouco tempo, mas foi, para a atual gestão do Ministério da Saúde, o suficiente para oferecer à população brasileira mais serviços de saúde e com qualidade. Só de economia, feita a partir da revisão e renegociação de contratos, foram R$ 3,2 bilhões, isso equivale a 8,7 milhões por dia para a saúde. Dinheiro usado para garantir o funcionamento de 126 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na renovação da frota de ambulâncias - com 340 veículos novinhos, e na habilitação de 5.959 serviços de saúde em todos os estados brasileiros.
Um destes serviços acontece na Santa Casa de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. “Nós, durante o ano passado, fomos surpreendidos para o bem com a informação de que iríamos participar dessa economia gerada pelo Ministério da Saúde no financiamento da Ampliação do atendimento a Traumatologia”, lembra o presidente da Santa Casa, Ezaquel Nascimento. A demanda por cirurgias ortopédicas na unidade é muito alta, principalmente por vítimas de acidentes de trânsito. Contudo, as equipes médicas não eram suficientes para atender todo mundo. O governo federal conseguiu repassar mais de R$3,9 milhões para a Santa Casa, que contratou um novo cirurgião. O aumento no número de cirurgias foi significativo: quase 400 a mais por mês, fazendo a espera dos pacientes pela cirurgia reduzir de 10 para 2 dias, em média.
O açougueiro Vilson da Silva descreveu como foi parar ali: “eu estava indo para o serviço, ai bati num buraco e a moto caiu em cima da minha perna. Quebrei a canela”. O susto foi grande, mas ele já está tranquilo. Chegou à unidade no domingo a tarde e na segunda-feira se recuperava da cirurgia, que foi bem sucedida. O fato de o procedimento não ter demorado pra acontecer garantiu a saúde do Vilson. A chefe da enfermaria Sônia Almeida esclarece que, se ele tivesse esperado pelo atendimento, as complicações poderiam ter piorado o estado de saúde do jovem. “Mas com esse novo fluxo agora a gente não tem mais problema com isso, graças a Deus. Tá fluindo bem”.
Mais recurso, mais tecnologia, mais monitoramento
As informações sobre o estado de saúde do Vilson e de todas essas pessoas vão estar sempre disponíveis no Portuário Eletrônico do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa tecnologia já chegou0Q1A9600CER de Campina Grande recebe 1,6 mil pacientes/mês. Foto: Rodrigo Gralha a 65 milhões de brasileiros, porque 98,3% dos municípios responderam a chamada do e-sus e viabilizaram o prontuário em 14.133 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Esta também é uma ação da gestão do ministro Ricardo Barros, frente ao Ministério da Saúde.
Outro destaque é a oferta de medicamentos, ampliada graças a R$ 6,2 bilhões destinados aos Estados e R$ 11,8 bilhões de medicamentos, vacinas e soros adquiridos diretamente pelo Ministério da Saúde. A aplicação destes recursos e de todo o orçamento da saúde pode ser acompanhado online por qualquer cidadão. Vai ser assim com o dinheiro para obras - que será transferido em parcela única -, será assim com os R$ 360 milhões extras para mutirões de cirurgias em estados que ajudarem o SUS a implementar a fila única e com qualquer outro repasse feito pelo Ministério da Saúde.
E há muito a ser monitorado. O Orçamento da Saúde saltou de R$ 106 bilhões, em 2016, para R$115 bilhões, em 2017. E quem ganha é o usuário do SUS. É o que tem acontecido lá em Campina Grande, na Paraíba, no Centro de Reabilitação que deixou de ocupar três salas de um hospital para ganhar sede própria, com mais de 40 ambientes e 50 profissionais. A gestora do Centro, Edna Silva, resume bem o que esta mudança significa para quem precisa de habilitação e reabilitação. “O CER é vida, porque a partir do momento que a gente consegue entrar na casa daquela família, ajudar aquela criança a dar um passo, a sorrir ou pelo menos falar piscando os olhos isso muda tudo. E ai a gente vai começar a trabalhar a qualidade de vida de cada paciente. As pessoas chegam em forma de brotos e estão saindo rosas”.
A dona Maria Eliza, avó do Miguel, de quatro anos, que é atendido no espaço, também agradece: “O atendimento era pequeno, agora ficou enorme e é ótimo. A gente nota que Miguel tá tendo evolução. Eu não sei o que seria da gente se não tivesse esse espaço aqui”.
Santa Casa de Campo Grande zera fila para cirurgias ortopédicas.
Foto: Rodrigo Gralha.
No caso do Centro de Reabilitação de Campina Grande, quem recebeu os recursos para habilitar os serviços foi o governo municipal. E por estar lá acompanhando de perto, a secretária de saúde, Luzia Leite, sabe dizer muito bem o que o CER representa para o povo. “Realmente foi um ganho para a cidade e para todos os 172 municípios que estão referenciados. Já estamos com público de 1.600 usuários. E a partir da habilitação, em dezembro de 2016, nós conseguimos contratar mais médicos, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogos”.
Menos mosquito, mais Médicos e mais vacinas

Realmente, há muito para comemorar, não só em Campina Grande. São inúmeras as melhorias alcançadas em um ano, mas sem dúvida, os mais recentes dados sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti merecem destaque. A campanha nacional “Sexta sem Mosquito”, lançada pelo ministro Ricardo Barros, buscou alavancar a participação da população contra o mosquito. O resultado foi a queda de 90% dos casos de dengue, 68% dos casos de Chikungunya e 95% de casos de Zika, em 2017, comparado com o mesmo período do ano passado.
Ainda assim, se têm doentes a serem tratados, tem Mais Médicos brasileiros atuando nos locais mais carentes do Brasil. O programa teve continuidade e o Ministério cumpriu a promessa de aumentar em 20% a participação de brasileiros. 
Mesmo com o reforço médico, não adoecer é sempre a melhor opção. Por isso, o Ministério da Saúde também ampliou o público-alvo de seis vacinas, a exemplo do HPV para meninos de 9 a 13 anos.
O que se espera nestas unidades de saúde da Bahia, em Mato Grosso do Sul, da Paraíba e em todo o Brasil é que estas melhorias continuem. Que aquilo que foi feito em um ano tenha prosseguimento, e as pessoas possam contar sempre com saúde de qualidade para viver melhor.
Além dos investimentos em unidades de saúde,  o recurso economizado em um ano de gestão também possibilitou outras melhorias. Assista:


Fonte:Erika Braz, para o Blog da Saúde


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