O
médico obstetra Elísio Galvão foi sabatinado em reunião extraordinária
do Conselho Municipal de Saúde nesta segunda-feira (13), não só
reafirmou todas as denúncias feitas no seu Facebook, como acrescentou
outras informações relacionadas a precariedade enfrentada pelo
atendimento materno-infantil oferecido no Hospital do Seridó em Caicó.
Na platéia, conselheiros, colegas de trabalho e diretores do hospital
onde o médico dá plantão e classificou o último deles de “uma noite de
terror”.
No seu depoimento, Elisio reclamou das condições de
trabalho no Hospital, da alimentação servida no local, dos salários
atrasados dos funcionários, submetendo muitos deles ao constrangimento
de não ter o que comer em suas casas. O próprio médico disse que chegou a
comprar cestas básicas para cinco destes funcionários. Reclamou da
ausência de pediatras no plantão no hospital, que já virou rotina dos
profissionais desta área já ter se acostumado de enviar rapidamente as
crianças para o hospital sem ao menos fazer uma triagem do problema de
saúde.
Ainda no seu depoimento Dr. Elísio contou como exemplo uma
cirurgia que fez em um paciente de Jucurutu, que depois de aberto foi
informado que no Hospital não tinha fio para costurá-lo; reclama que
médicos operam sozinhos, tanto que certa vez adoeceu durante o parto e o
parto teve que ser finalizado por um auxiliar. O médico encerrou
reclamando da dificuldade que sempre teve no relacionamento com os
diretores do Hospital. “Sempre fui tratado por eles como louco, e na
ultima semana me orientaram que eu ficasse em casa repousando. Vim pra
essa reuniao sem tomar os remédios que eles dizem que eu tomo. Não tenho
mais condições de me relacionar com a direção do hospital. Nós não
trabalhamos num hospital e sim numa casa de terror”, finalizou.
Fonte: Marcos Dantas
Nenhum comentário:
Postar um comentário