segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Como evitar ser picado por cobras, escorpiões ou aranhas

No período de chuva o risco de acidentes com  animais peçonhentos aumenta. As chuvas levam alguns deles a buscar abrigo em locais secos que podem ser próximos às casas ou até, entrando pelo encanamento do esgoto, nos apartamentos em prédios. Podem também ser encontrados em parques ou jardins.  Com essa maior atividade, aumentam os registros de acidentes. Um terceiro fator relacionado ao maior aparecimento dos animais peçonhentos no período de chuvas e o aumento das atividades rurais ocasionadas pelo plantio de algumas lavouras.
O Brasil é um dos países com maior diversidade de animais peçonhentos do mundo.  Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas. Em alguns casos, o veneno é tão forte  que pode provocar até a morte.
No período de 2007 a 2015, foram registrados mais de um milhão e duzentos mil de acidentes por animais peçonhentos no Brasil, sendo que mais de dois  mil e duzentos evoluíram para óbito. Entre os principais animais peçonhentos que causam acidentes no país estão algumas espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e lagartas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (potó), quilópodes (lacraias), peixes (bagres, arraias e outros), cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros.
Para não tornar a casa um local ideal para o aparecimento desses animais e evitar acidentes, são muito importantes algumas medidas.



Proteção individual
• Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de raspa de couro e calçados fechados, durante o manuseio de materiais de construção (tijolos, pedras, madeiras e sacos de cimento); transporte de lenhas; movimentação de móveis; atividades rurais; limpeza de jardins, quintais e terrenos baldios, entre outras atividades.
• Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.
• Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nesses lugares, usar um pedaço de madeira, enxada ou foice.
• No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade.
• Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estas estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção.
• Inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes, antes de usá-los.
• Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.

Proteção da população
• Não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações.
• Evitar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro.
• Controlar roedores existentes na área.
• Não montar acampamento próximo a áreas onde normalmente há roedores (plantações, pastos ou matos) e, por conseguinte, maior número de serpentes.
• Não fazer piquenique às margens de rios, lagos ou lagoas, e não encostar-se a barrancos durante pescarias ou outras atividades.
• Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios (sempre com uso de EPI).
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés.
• Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos.
• Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
• Combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas);
• Preservar os predadores naturais dos animais peçonhentos.
Lembre-se: Em caso de acidente com animais peçonhentos, procure imediatamente atendimento médico. Em alguns casos, os acidentes com animais peçonhentos necessitarão da utilização de soros para tratamento que são exclusivamente disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um médico pode ser capaz de realizar o diagnóstico do acidente através dos sintomas clínicos do paciente, sem a necessidade da presença do animal causador. Mas, quanto maior a quantidade de informações que o paciente puder apresentar ao médico, como o tipo de animal (serpente, aranha, escorpião e etc.) melhor será o diagnóstico.


Fonte: Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

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