Para quem ouve, imaginar como seria um mundo sem sons pode parecer difícil. Para muitas pessoas surdas, esta é a realidade. Pacientes que têm deficiência auditiva severa a profunda não conseguem ouvir nada ou, se ouvem, são apenas alguns ruídos. Nesses casos, os aparelhos auditivos não funcionam e a esperança de um dia ouvir vem de um implante coclear.
Caio durante ativação do Implante Coclear. Foto: Rodrigo Nunes/MS
O implante consiste em uma prótese colocada dentro da cóclea (parte interna do ouvido) através de uma cirurgia, e outra presa ao redor da orelha, composta pela antena e o processador de fala. O aparelho capta os sons e transfere diretamente este som para o nervo auditivo, possibilitando que o paciente gradativamente comece a ouvir.
Por se tratar de um dispositivo de alta complexidade, a cirurgia e a reabilitação do paciente é feita em hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde. “Há uma equipe multidisciplinar para verificar a possibilidade de o indivíduo receber o implante. Depois de todas as avaliações, a constatação de que o implante irá beneficiá-lo, e o paciente tiver sido selecionado, ele recebe o aparelho de forma inteiramente gratuita pelo SUS”, explica o Coordenador do Setor de Implante Coclear do Hospital Universitário de Brasília (HUB), André Luiz Sampaio.
A cirurgia é apenas uma etapa de todo o processo de reabilitação auditiva. Entre 30 e 40 dias após a operação, o paciente retorna e faz a ativação, momento em que o aparelho é ligado e quando se ouve os primeiros sons. “Os pacientes passam por um processo de reabilitação realmente longo, e voltam com muita frequência ao hospital onde receberam o implante coclear”, conta Sampaio. Após a ativação, o paciente ainda fica, em média, três anos em acompanhamento. Isso porque as habilidades auditivas são essenciais para desenvolver a fala, e alguns pacientes, que nunca ouviram antes, precisam aprender o novo tipo de linguagem.
Assista aqui o momento da ativação do Caio:
Francisca Lucia de Albuquerque é uma paciente que está aguardando a cirurgia do implante coclear no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A laboratorista, que ouvia pouco quando criança, teve o quadro agravado depois de adulta. Hoje, ela consegue se comunicar apenas através de leitura labial. “Um dia fui comprar meu aparelho, e me falaram que tinha o implante, e que com ele eu poderia escutar muito bem, e não precisaria olhar para a boca”, explica. Nesta época, os aparelhos auditivos já não funcionavam mais para Francisca.
Enquanto espera pela cirurgia, a paciente conta que sente um misto de medo e ansiedade. “Eu tenho receio pela operação, mas a médica me acalmou e me explicou tudo. Acho que vai ser maravilhoso ouvir. Se um dia eu precisar operar um olho, não vou precisar olhar para a pessoa, porque eu estou ouvindo”, acredita.
anos atuando na área, ainda se emociona com os pacientes que retomam ou começam a ouvir. “Uma das coisas mais importantes que adquiri na minha vida foi o conhecimento de devolver para a pessoa um sentido tão importante que é a audição. Devolver ao paciente a possibilidade de estar em um mundo de relação. Acredito que isso seja uma das coisas mais importantes que a gente faz no dia a dia”.
O médico André Luiz Sampaio, mesmo depois de
Pessoas com surdez de grau severo ou profundo, em ambos os ouvidos, que não se beneficiam com o uso de aparelhos auditivos convencionais, são possíveis candidatos ao Implante Coclear gratuito. Para procurar um implante no HUB, por exemplo, é preciso ir ao Hospital Universitário de Brasília, no ambulatório 2, no 1° andar, Setor de Saúde Auditiva, e pedir uma ficha de inscrição para o Implante Coclear. Leve cópia da sua audiometria e outros exames que comprovem a surdez. Outra opção é entregar o Formulário de Triagem preenchido na secretaria do Setor de Implante Coclear.
Fonte: Aline Czezacki, para o Blog da Saúde
Para quem ouve, imaginar como seria um mundo sem sons pode parecer difícil. Para muitas pessoas surdas, esta é a realidade. Pacientes que têm deficiência auditiva severa a profunda não conseguem ouvir nada ou, se ouvem, são apenas alguns ruídos. Nesses casos, os aparelhos auditivos não funcionam e a esperança de um dia ouvir vem de um implante coclear.
Caio durante ativação do Implante Coclear. Foto: Rodrigo Nunes/MS
O implante consiste em uma prótese colocada dentro da cóclea (parte interna do ouvido) através de uma cirurgia, e outra presa ao redor da orelha, composta pela antena e o processador de fala. O aparelho capta os sons e transfere diretamente este som para o nervo auditivo, possibilitando que o paciente gradativamente comece a ouvir.
O implante consiste em uma prótese colocada dentro da cóclea (parte interna do ouvido) através de uma cirurgia, e outra presa ao redor da orelha, composta pela antena e o processador de fala. O aparelho capta os sons e transfere diretamente este som para o nervo auditivo, possibilitando que o paciente gradativamente comece a ouvir.
anos atuando na área, ainda se emociona com os pacientes que retomam ou começam a ouvir. “Uma das coisas mais importantes que adquiri na minha vida foi o conhecimento de devolver para a pessoa um sentido tão importante que é a audição. Devolver ao paciente a possibilidade de estar em um mundo de relação. Acredito que isso seja uma das coisas mais importantes que a gente faz no dia a dia”.
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