“Todos juntos contra a tuberculose” é o slogan da campanha de 2017 do Ministério da Saúde para a redução do número de casos da doença, e conscientizar a população da importância do tratamento, e do apoio aos pacientes.
Em 2015, foram estimados 10,4 milhões de casos no mundo. Um dos fatores que podem levar ao alto índice da doença é o desconhecimento da população sobre o assunto, ou a crença de que a tuberculose ficou no passado, explica a Coordenadora-Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), Denise Arakaki. “A tuberculose é uma doença do presente e está nos grandes centros urbanos, principalmente nas cidades e comunidades onde o crescimento foi desordenado. Ambientes aglomerados, mal ventilados, com pouca radiação solar, são bastante propícios. Isso também está associado ao baixo reconhecimento da tosse como um alerta para a doença.
A Coordenadora-Geral do PNCT defende que o envolvimento de todos é essencial para que o objetivo seja alcançado. “A gente precisa de todos os atores, tanto da saúde quanto da comunidade para acabar com a Tuberculose no país. Que os profissionais de saúde acolham quem tem a suspeita da doença, os pacientes, que ajudem a levar o tratamento até o fim, e que os familiares entendam que é uma doença que tem cura, o tratamento é longo e que a pessoa com a doença precisa de todo apoio possível”.
Os sintomas podem variar, mas o principal alerta é tosse por mais de duas a três semanas. Denise explica que pessoas com HIV e prejuízo do sistema imunológico podem apresentar febre no final do dia, emagrecimento, cansaço e suor noturno, por exemplo. No entanto, se a tuberculose afetar outro órgão que não o pulmão, como por exemplo, tuberculose renal, o sintoma poderá ser urina com sangue. “Quanto mais o sistema imune está preservado, mais relacionado à tosse. Quanto menos preservado, os sintomas são inespecíficos e dependem do órgão acometido”.
A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG. Em adultos a vacina é eficaz.. Outra maneira de prevenir é identificar a “Infecção Latente de Tuberculose”,. A pessoa que foi recém-infectada recebe um tratamento para prevenir o adoecimento. “Uma pessoa que foi diagnostica com tuberculose, que estava convivendo com outras pessoas em casa, por exemplo, deve levar seus familiares para o serviço de saúde com o objetivo de avaliar se foram infectados pelo bacilo da tuberculose. Se os familiares estiverem infectados pelo bacilo iniciamos o medicamento preventivo”, explica Denise Arakaki.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece ao paciente desde o diagnóstico até a medicação para todo o tratamento. Se o indivíduo está com tosse há mais de três semanas e desconfia que possa ser tuberculose, deve procurar uma Unidade de Saúde e realizar os exames que vão esclarecer se a pessoa tem ou não a doença. Entretanto, para Denise, a conscientização de todos profissionais de saúde, comunidade, pacientes e familiares ainda é a melhor opção para evitar o aumento da doença: Todos juntos podemos vencer este desafio!
Fonte: Aline Czezacki, para o Blog da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário